Nos perdemos.
Nos perdemos...
Em algum momento, em algum ponto de nossas vidas.
Um fato ou diversos fatores... Não sei.
Em algum lugar do passado, nossas juras ficaram esquecidas.
E continuamos a viver, tão pertos e tão distantes.
Talvez sequer tenhamos percebido, ou talvez não mais importasse.
Quem sabe fomos nos desconhecendo, ou até nos descobrindo.
Acabamos por deixar assim, para que tudo se acomodasse.
E ficamos isolados, mesmo estando lado a lado.
E ficamos amargurados, mesmo fingindo tanta alegria.
E ficamos sem objetivos comuns, sem um futuro a dois.
E ficamos reféns da solidão e da nostalgia.
Não basta a paixão.
Não basta a afeição, não basta a admiração.
Não basta o companheirismo...
É preciso o amor.
E este pode ser sólido e forte como uma rocha.
Mas, ignorado, ferido, ele irá se proteger.
E continuará a ser imenso, mesmo que triste...
Continuará a ser eterno, mesmo que não se deixe ver.
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