VOZ DE UMA ÁRVORE CENTENÁRIA

 

Este amanhecer que vem correndo pela linha do horizonte, quem nem garoto maroto, quando faz travessura e se esconde embaixo da cama, onde há uma única nesga de escuro e mantém o silêncio. É o todo iluminar no finito lugares do mundo com brilho nos olhos e o sorriso claro.

Alguns bocejos desenroscados, com o bater do motor, o coração dá partida, para criar histórias com emoções e sentimentos. Parece-me que, o amanhecer acorda, para conter significância em prol de seguir seu caminho, de ser atendido ou ceder atendimento, para ser preenchido por horas de um belo amanhecer. Ante horas passadas se via a lua. Agora o sol vai mapeando o mundo liberando calor e escurecendo estrelas.

O orvalho deixado na minha folha é um pequeno gesto carinhoso do calor para os passarinhos. As ruas falantes alertam todos com suas comunicações estridentes.

Faz-me sentido que o mundão nele e com ele sempre acontecerá a individuação, o inesperado voo parece ser único. Pela inercia nos passos dos transeuntes, observo por minha matéria estática, a qual me chamam de árvore, a tamanha pressa. Ó ! Como tenho avisado por meados de tempos, e faço suplicar: por quanto tempo o ser humano vai durar.. O mal deles é de esquecerem que no peito há um cofre com tesouro de lembranças de sentimentos onde se guardam as melhores e maiores fortunas. Diz o olímpico, o planeta não foi criado por aceleração, a pressa é uma obra inventada por um sistema de impressão humana denso de colocarem obstáculos malefícios, uns no caminhos dos outros, onde o ser humano, de certa forma nada sobrevive, por tanto tempo. Parece-me que o conjunto textual ficou bem obscuro do que antes era, quando percebia pessoas abrirem janelas com posto de olhares com corações e eram atendidas pelos bons cavalheirismos

Entrementes, ações bem pensadas, surtem o inverso do efeito, quando mergulhamos em profundidade. O vento faz soprar onde não se havia percebido, dele a densidade se materializa na comemorativa do exercício do sentir e saber. A angelitude faz desenhar universos de amor e ternura, pelas linhas tênues dos caminhos seguidos, pela visão vista da procissão das estrelas, quando não é esquecida de olhares para o céu. Vejo na minha esfera, borboletas voarem sobre palavras de aprendizagens, são selecionadas por ações e encantamento de quem sente o frescor das flores nos canteiros, para inspirar os inusitados perfumes. Quando consegues sentir o que deseja, em teu rumo, tudo se resume em felicidade. Há o exíguo tempo para dar formato à voz ativa, e mais, sem escutar conversas alheias. Assim tens atitudes e diálogos de conclusão, que a vida é feliz, na entrelinha de tua própria sabedoria