Governantes da involução

Desperdício de tempo –

Principalmente de vidas,

Sonhos deixados para trás.

Seres desprezíveis –

Uma parcela da humanidade doentia,

Não se compadecem do sofrimento alheio.

Anos de conquistas perdidos,

Por entre a devastação.

No piscar dos olhos –

Vira poeira ou um mar de lama –

Tragédias anunciadas,

Nunca dá em nada.

O passado remoto –

No corpo o terror,

Na alma o pavor.

A banalização do ódio,

Injustiças cometidas.

Inconsequentes planos,

Completamente forjados.

Sem alguma garantia de satisfação,

Ervas daninhas por todo o lugar,

Misturando-se à plantas saudáveis –

Não separam o joio do trigo.

A enxurrada da covardia,

Levando o que encontra para baixo.

Sequelas negativas da sociedade,

Governantes da involução.

Mais um inocente nascendo,

Em meio à comemoração.

Bem vindo ao jogo da manipulação,

Crescerá com a perspectiva de mudanças.

Se for mais forte,

Talvez ultrapasse as sujas estratégias.

No despertar da consciência –

Raciocinando fora da caixinha.

Contestando valores,

Não aceitando a sordidez das regras.

Se assim não for:

Será apenas mais um recruta.

No exército da imbecilidade,

Outro igual diante da implantada realidade.

É necessário que haja a indagação,

Para a democracia se manter de pé,

Com o clamor da indignação, tenha fé.

O debate é justo e necessário,

Afim de cessar a frustração.

Do mundo envolvido no teatro de interesses,

Culminando nesta guerra infernal.

Onde se perdem vidas –

Possibilidades de transformação,

A oportunidade crescente de equilíbrio.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 28/02/2022
Código do texto: T7461961
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