Espaço - Tempo

Algum dia desejei das flores –

A leveza,

Mas o rio de lama, arrastou-me –

Em sua correnteza.

Por caminhos que desconheço –

Mostrando a dura irrealidade,

Na imaginação a beleza.

Nem sempre colhemos aquilo que plantamos,

Por terra se foram os planos –

Eventos de dualidade.

O que faço aqui por entre papéis?

Desenhando um mundo que não reconheço,

O multicolorido em meio a ilusão.

O despertar das sensações –

No corpo desejaria as reações.

Compreendo que podemos ser mais –

Apresentando-nos de maneira atrativa,

Subjugandos como simples mortais.

Promovendo os horrores de uma guerra,

As ponderações nunca fizeram parte do script.

Agindo pelo impulso – A falta de paciência,

Visando lucros exorbitantes.

Os anseios gerados pelas sugestões,

Inúmeras são as questões –

Sem o alcance de respostas,

Medidas pela força e poderio bélico.

Em um futuro promissor,

Façam as suas apostas –

Certezas inconstantes.

Estradas tortuosas –

Levam-nos à vários lugares.

Do contrário a realidade –

O anseio do sono –

O escape por algumas horas,

O repouso não significa o descanso.

A carne desperta maltratada – A ilusão,

Na percepção fora do normal, presente.

Não há a compreensão dos fatos,

O destino – Escolha do livre arbítrio.

Por vezes, nunca faz sentido,

Na incógnita, vivenciando o virtual.

Almejamos a satisfação,

Leva-la da melhor forma possível –

Em todos os sentidos – Aplausível.

Sinto-me perdida – Sem orientação,

A escrita como bússola.

Desfazendo alguns mistérios –

Acrescentando outros,

Acessando alguma dimensão.

Contatada –

Quem sabe não me reconecta com o verdadeiro eu,

Com tudo aquilo em que acredito?

Uma galáxia –

Ou outro planeta –

Ainda algo mais que faça sentido?

Aqui talvez seja uma passagem –

O momento para adquirirmos experiências,

Mostrarmos a essência da alma sob pressão.

Se caímos ou não em falsas tentações -

No entender da sensibilidade –

Um lugar para nunca mais retornar.

A humanidade é uma caixa de surpresas,

Sempre pronta para provocar –

Nunca sabemos o que encontraremos,

Ao olharmos através do espelho.

Convivemos com a imparcialidade,

A neutralidade na corda bamba –

Conflitos de interesses.

Alimentando a sanha da guerra –

A Matrix irreal e imperfeita.

Na luta extrema pela sobrevivência,

Prevendo o futuro das próximas gerações.

A invisibilidade desacreditada,

Onde não se é notada -

Apenas por interesses fúteis.

Os versos a adoração devotada,

Em meus sombrios dias, perfeita religião–

A indulgência de efêmera solidão.

Inconscientemente vagando pela Terra,

No subconsciente a busca incansável –

Em demonstrar o verdadeiro potencial.

Na quimera da ascendência capitalista,

Para de obter um cantinho sob o sol, o valor.

Do contrário, tratado feito marginais,

Sinto o “chicote” na pele –

Enigmático e surreal.

Cada um escolhe o seu modo de vida,

O meu grifei com marca texto.

Ser diferente, nas trilhas –

Quem sabe se os tracei?

Este é o essencial contexto.

Permanecendo o ensejo no âmago,

De aqui (na Terra), não mais voltar.

São batalhas e lutas a serem travadas,

A ansiedade no corpo,

A transmutação por mudanças,

Em crescente ascensão espiritual.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 27/02/2022
Código do texto: T7461323
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