Fresta

 

 

Às vezes no silêncio de uma noite sem lua;

Preciso parar para encontrar o melhor caminho;

Só que preciso seguir, continuar tropeçando;

Teimar para não desanimar, sei que não devo correr;

Nem sequer sei onde estou.

 

Este silêncio me incomoda me chama me assusta;

Ele quer que eu fraqueje que eu me abale que eu corra;

Só, que ainda procuro o caminho, ...o melhor a seguir;

Intuição se confunde com medo, e eu reticente prossigo;

Mas temo não encontrar o que ainda nem sei.

 

Não desejo, mas o breu me acompanha me amedronta;

Conduz-me sem ser guia, permite que um ramo me roce;

Já nem conto mais com a sorte que nesta hora já me desertou.

 

Revezo temor mórbido com lampejos de coragem infundada;

Pra de novo chorar para dentro, não querendo acordar o pavor;

Quisera este estivesse de fato dormindo.

 

Metros, talvez quase 1 km com exagero.

Em que vagueie pensando ter percorrido por léguas;

Talvez seja esta a medida do medo;

Que só faz lembrar que estou ainda longe do nada;

Numa estrada que nem sinto pisar.

 

Pensar que fui eu mesmo que escolhi;

Ficar despojado de sonhos, afastado da vida;

E por muito tempo incrédulo no amor;

Ah! Tivesse eu o poder da alquimia;

Transmutava o dia pra preencher a noite vazia;

Mas não é bem assim, .../

 

Talvez tenha me desesperado em vão;

Sem ver o limiar do novo dia a rasgar e despir a noite,

Com a LUZ DO AMANHÃ!

 

 

 

EFLÚVIO DE ARREBOL
Enviado por EFLÚVIO DE ARREBOL em 26/02/2022
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