NO LARGO
Entrelaçado em teus cabelos, estão meus versos, aconchegados na química afetiva, quando a luz afunda na linha imaginária do horizonte. São poesias de laços de sois, que no refrescar da noite, a voz do vento declama, entre o resumo amoroso na solidão das ausências quanto dos teus toques presenciais. Agora juntos, mão por mão no largo, o vento sopra e bate forte no meu rosto, faz-me desnudar da veste da solidão. Ele se arrasta pelo largo com sua rebeldia e farfalham as folhas das pobres árvores que as acordam de seu descanso vespertino. No mais tardar, há troca do terno branco para o preto, a noite assume prontidão e as luzes vão se apagando deixando alguns lugares no escuro. Avante, as ruas aos poucos ficam vazias e as pessoas de volta para os lares. Desprevenidamente, vamos soletrando intenções, sem ditar diálogo, as sombras são levadas pelo vento inopinável que assumem o caminho que nos indicam. O silêncio desliza, entremeando meus dedos, quando prendo minha mão na tua, e desfio o despetalar da flor, em homenagem aos antigos namorados que ali passaram. Os passos vão misturando nossas almas, naquilo que pensamos de precioso e do mais difícil de ser mantido, no convívio do quotidiano.
Agora, a noite lá fora dorme, com suas vastidões de mistérios, enquanto, tento alcançar um pedaço de céu com réstia de estrelas, para acender a cumplicidade, no quarto. A cortina da janela parece reclamar por ser torcida entre minhas mãos quando embrulho as horas, para retroceder o tempo.
Flameja meu coração, os cantos de teus olhos, o brilho do luar e as retinas são duas jóias nobres, que Deus te brindou.
Bem fundo, no mais profundo do meu ser, o amor é a exatidão no passadouro da travessia de uma viagem, que pega o vento de carona e se aguça em cadeira de balanço, para deixarmos sempre a sonhar
Agora, a noite lá fora dorme, com suas vastidões de mistérios, enquanto, tento alcançar um pedaço de céu com réstia de estrelas, para acender a cumplicidade, no quarto. A cortina da janela parece reclamar por ser torcida entre minhas mãos quando embrulho as horas, para retroceder o tempo.
Flameja meu coração, os cantos de teus olhos, o brilho do luar e as retinas são duas jóias nobres, que Deus te brindou.
Bem fundo, no mais profundo do meu ser, o amor é a exatidão no passadouro da travessia de uma viagem, que pega o vento de carona e se aguça em cadeira de balanço, para deixarmos sempre a sonhar