Século XXI – Iminência da III Guerra Mundial

Guerra insana –

Falsos acordos de paz.

De modo atroz a premeditação,

Crime contra a humanidade.

Entorpecimento cruel,

Trocas de farpas –

Em plena rede mundial.

Acometidos de desespero,

Pessoas que nada têm haver com o conflito.

Nascer foi o delito.

Testemunhas da insanidade coletiva,

O entorpecimento no meio da loucura.

Sob o julgo da ameaça,

De onde vêm as bombas?

O soar das sirenes?

Disseminando vidas –

Mutilando corpos –

Vil entretenimento.

Qual é o melhor lugar para a proteção?

A ganância do poder –

O alto ego gerando conflitos,

Armas e afins super manufaturados,

Acúmulos de riquezas e divisas.

Mísseis em corpos inocentes – O atrito,

Mentes nefastas –

Agindo com o maior grau de perversidade.

A luz dos holofotes –

Palavras contraditórias,

Por detrás das câmeras – Outra realidade –

Os olhares de horror, perplexidade.

Irradiando no âmago, o pavor,

Pelo cessar da artilharia, o clamor.

Protegidos os homens do alto escalão,

Aos cidadãos simples, a missão.

Na mira das armas os combatentes,

Em uma disputa desleal –

Será que haverão sobreviventes?

Arcaico – Fogo inimigo,

À mercê – Fogo amigo,

O mundo em perigo.

O poderio bélico –

A demonstração de forças –

O ataque –

À beira do precipício –

Levando-nos ao buraco.

No modo pacificador,

Gerando maior embate.

Não há momento,

Pode ser a qualquer hora.

A multidão em rota de fuga,

Se é que ela existe.

Ordens dadas e seguidas – À risca,

Advertência cumprida.

Não existe o respeito a vida,

Apertando o botão.

Ofegante a respiração,

O ódio indiscriminado.

As incertezas em movimento aleatório,

De intimidação, infindáveis os repertórios.

No resvalar de segundos –

A iminência do conflito mundial.

Em pleno século XXI – Surreal.

Vivenciando um jogo real,

Repleto de estratégias.

Como em um tabuleiro de xadrez,

Viciadas são as desgastadas peças –

Sórdidos – Corrupção e trapaças.

Sobre a mesa o doentio capitalismo,

O dinheiro condicionando o xeque-mate –

Independente regime político,

O flerte com a morte.

Em tamanha incredulidade,

De longe acompanhando os fatos –

Em total desagravo.

Ideologias megalomaníacas,

No intuito de disseminação do caos –

Manipulação para a involução.

Quanto menor o despertar,

Quanto menos houver a expansão da consciência –

Permaneceremos encarcerados,

Nesta prisão invisível e dissonante.

Com os estampidos das batalhas,

Ecoando em nossos ouvidos.

Tolhidos como irracionais,

Em vivências inúteis.

Desejando sermos iguais,

Seguindo um modismo fútil.

Sem a beleza do ser diferente,

A resistência –

Em novas experiências.

As lições colhendo de forma positiva,

Transmitindo para o outro – Harmonização,

Em perfeito estado de união.

Porém, ao invés do crescimento,

Seguimos a via crucis do caminho reverso.

Para quê o progresso -

Quando o lucro está na escravidão?

Submergidos no egoísmo –

Mostrando-nos maior em vaidade.

Pregando falso moralismo,

Da boca para fora –

Em atitudes anti-cristicas.

Ao invés de acolhermos,

Apontamos o dedo em vil julgamento.

Inexistente discernimento –

De imediato o veredicto.

Cadê o bom senso da noção,

De um olhar contrito?

Dividindo-nos em nações,

Subjugando-nos em crenças.

Ilusória intolerância,

Deixando de lado a esperança.

***

O Planeta Terra é único –

Neste mar de estrelas e galáxias.

Têm a necessidade de cuidados,

Encontra-se negligenciado.

Nós – Seres humanos – Pobres mortais.

A Natureza é a força avassaladora –

Em agonia – Agoniza –

Somos os intrusos – A raça pecadora –

Cometendo crimes –

Pequenos e grandes deslizes.

A Mãe Terra – Como tal –

Tem o poder da regeneração.

De um jeito ou de outro,

Está em estado de recuperação –

Nem que seja necessário os sacrifícios.

Os caminhos estão traçados –

Deus em nada tem haver com isso,

Não interfere.

Aos indignos, presenteia-nos com o livre arbítrio,

Deixando avisado que em toda ação –

Há uma consequência.

Quem tem o sangue nas mãos,

Com a lei do retorno pagará as indulgências.

O homem é o seu próprio predador,

Direta ou indiretamente –

Desde o início, nunca o faz diferente.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 24/02/2022
Reeditado em 28/02/2022
Código do texto: T7459358
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