Carta para quem quiser ler
Será que tudo:
É questão de tempo para o final?
Melancólica busca:
Afim de fazer com que tudo faça algum sentido –
Em meio às injustiças e tragédias não evitadas,
Nesta vida repleta de desafios -
Ameaças sob o caminhar na corda bamba.
Na destreza pragmática da subsistência,
Ultrapassando os obstáculos, sobrevivência.
Às vezes, penso ser uma perda de minutos –
Talvez de horas nesta infindável labuta –
E gasto de energia perdida a troco de nada.
O cansaço orbitando sobre as nossas cabeças,
Sensorial –
Feito luzes psicodélicas piscando em nossos olhos.
As iris dilatadas fomentando um diagnóstico qualquer.
Mergulhados em uma imensa dimensão,
Em que nada se configura com a realidade.
Entretanto, o que mais almejamos é diferente:
Outra direção,
Visualizada uma luz –
Na bússola interdimensional –
De nossos anseios por mudanças.
Enquanto a radicalização de transformação,
De modo de vida não acontece,
Estamos voltados ao velho prognóstico de involução,
Deixando-nos dominar,
Tornando-nos uma raça menos evoluída –
Permitindo com que a ignorância,
Penetre mais e mais em nossos poros.
Pois é incutida uma cultura imediatista:
Formulada – Não leva ao raciocínio,
Fazendo com que tudo –
Um pouco mais seja digerido com rapidez:
Descartado.
Principalmente, a falta de empatia,
Onde o sofrimento alheio não nos toca.
Os corações transformados em pedras –
Abruptos.
As escolhas individuais não são levadas,
Nenhuma consideração,
Não o fazendo a menor diferença.
Os seres humanos,
Com a infeliz mania de criar grupos –
Disseminando as inverdades.
Julgando - Tirando de circulação,
Aqueles que não compactuam –
Maquiavélicas ideias e ideais.
A humanidade pode se transformar –
Tem a capacidade de ser,
Mais do que lhes apresentam.
Não somos como meros produtos descartáveis,
Porém, quando não respeitamos o próximo,
Tornamo-nos -
Menos do que um zero a esquerda.
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Blog Poesia Translúcida