AMANHECEU
(O eu e a arte de escrever e se descrever)
Amanheceu!
E mais uma vez
Estou na minha escrivaninha
Sentada a escrever.
Quando surge, de repente, letras e mais letras
Como bailarinas bailando soltas ao ar.
Perceptivamente observo que o eu
Deixa-se levar pela musicalidade
Que soa e toma conta do ambiente,
E se eleva ao compasso
Em que, palavras e mais palavras
Saem de suas bocas
O pensante é induzido por elas
A decifrar termos que fluem de suas bocas,
Em que começa seguidamente
A descrever no papel
O que na realidade
Encontrava-se no mais profundo recanto d’alma.
E que nada nem ninguém poderiam impedir
O que estava fixado mentalmente no meu ser,
Pois a cena explícita a frente estava, era irracional!
Pois no teclar de um som digital
De letras a se juntarem
em poesia se somava,
Como um contra gota de remédio a gotejar
para a dor acalmar.
Assim é arte de fazer letras e mais letras
que multiplicam-se no teclar de cada letra
Para saciar o prazer
De versos e mais versos, o meu ser descrever
Para transcrever no papel
Tudo aquilo que o eu inspira-me
E acrescenta-me em aprendizado
No que tange a arte de fazer poesia.
JÔ da CPA