A chuva
Em tempos de tantos temporais fortes
Do leste, do sul e do norte,
Que produzem dor e sofrimento
E deixa tantas pessoas ao relento,
Me vem a lembrança da chuva fina
Que faz a terra germinar as sementes
Que leva os amantes ao mais profundo tesão
Envoltos num edredom
Tendo apenas a própria pele como separação.
A mesma chuva que produz dor
Alimenta o amor
Fortalece a vida.
A chuva e seus mistérios me encantam desde pequeno,
Me acalma e me inspira.
Talvez a culpa da dor por ela provocada
Esteja mais da responsabilidade do próprio homem,
Que desnudou a terra
E na cidade cobriu com tecido preto do petróleo no chamado asfalto.
Cidade vestida de luto.