Aprendizado da dor
Tenho as minhas cicatrizes –
Quem as não têm?
Marcas –
Visíveis no corpo,
Invisíveis na alma.
Às vezes –
Carrego-as com calma.
Outras vezes – Gritam!
Observando-as –
Causam tempestades.
Como tatuagem –
Cada uma tem o significado.
Não julgue alguém –
Não me julgue –
Pela aparência.
Ninguém tem o poder,
Da adivinhação.
Colocar-se no lugar do outro,
É um aprendizado –
Exercício árduo,
Requer cautela.
O pisar em ovos,
Sem o frigir das emoções.
No entanto, o ser humano,
Faz-se pequeno e obtuso.
Não pensa no próximo,
Em suas dores.
Cada qual é particular,
Causando ansiedade –
Falta de ar.
Aninham-se de forma concreta,
Na transmutação do ser.
Com a narrativa da perspectiva,
Entranhada –
Desmiuçada –
No dia a dia,
Com a forma de lidar.
Com a própria,
Ou compartilhando.
Em meu caminho,
Refaço-me – Fênix.
Visto-me – A guerreira,
Da luz e do fogo.
Na agonia diária,
Conheço-me,
Reconheço-me.
Como a pessoa que sou,
Priorizando o crescimento –
Sempre – Apesar dos percalços.
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