Duplo Estado

Sob ameaça –

Sobrevivendo em dias nublados.

Atmosfera totalmente cinza,

No azul do céu que paira.

Duplo Estado –

A perseguição.

Diga-me em que lado está,

Qual é a sua devoção?

Sistema falido –

Pragmático –

Inconclusivo –

Nem tão pouco enfático.

Mentalidades desumanas,

Lavagem cerebral.

A involução incontida,

Instante crucial.

Os contatados –

Aguardando o momento,

Do prevalecer – A luz.

Em que no momento decisivo,

Optaremos ou não pela remediação.

Amordaçados –

Postos em guilhotina.

Nas mãos de vis carrascos,

Repugnantes –

No estômago o asco.

O nefasto desejo:

De implantar antiga supremacia.

Somos um mundo –

Feito de mestiços,

Condizentes seres de luz –

Por inúmeras galáxias.

Não somos os únicos,

Com a ânsia de sobreviver -

Na alma contendo a resiliência.

A juventude, esforçando-se,

As crianças crescendo no ensejo –

De ocupar os seus espaços.

Na via de mão dupla,

Braços armados.

Qual será o futuro –

Nesta Terra de incertezas?

Onde o pobre não tem vez,

Na dependência –

De governos falidos –

Governantes sem resquícios de caráter.

Monopolizando as riquezas,

Enquanto, a maioria:

Sem o mínimo para sobreviver,

Em sólida estupidez.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 14/02/2022
Código do texto: T7451846
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