Imprevisível ameaça

Os sons dos estampidos –

Ofuscando a realidade.

Imprevisível ameaça,

De que lado vem?

Às vezes, fazendo chover,

E não é água –

Chumbo cai do céu.

Realizando o escarcéu,

Dissonante sinfonia.

Transformaram a Terra –

Eu um grande entrevero.

Faroeste urbano –

Em pleno século XXI.

Nos anos 2.000,

Desejávamos a tecnologia –

Futurista.

O que vivenciamos,

É um processo retrógrado –

À mercê da involução,

Sem solução.

O contexto –

Antônimo da chaga aberta,

Enraizando-se em cor de carmim.

Inocentes julgados a revelia,

Julgamentos pautados:

Na cor da pele ou onde se mora,

Tamanha imoralidade.

A injustiça –

Dilacerando vidas,

Aniquilando sonhos.

Usando de força,

Mantendo-nos reféns,

De um sistema insólito.

Sociedade cruel –

Devastadora.

Indícios sórdidos –

Não há a plena conscientização.

Sem valor diante –

Do capitalismo selvagem.

Açoitando-nos –

Amordaçando-nos –

Seres inescrupulosos.

Na dura verdade,

Mantendo-nos com a esperança –

Mesmo que falte o impulso,

Para revidar.

Vozes são caladas,

Na frieza de corações de pedra.

No arrefecer da solidariedade,

Com o único intuito –

De promover a guerra.

Generalizando todo o mal,

Que assim, alimenta-os –

Sugando as nossas energias.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 13/02/2022
Código do texto: T7451274
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