População descredenciada

Incertezas –

Inverdades.

Dualidades –

As tristezas.

Intensos confrontos,

Armando-nos de todas as maneiras.

Estratégias de guerra,

Ao menos para a proteção.

Sociedade civil,

Ameaçada a Democracia.

Território instável,

Dia a dia lamentável.

Em cada ação,

A sua consequência.

Qual é o limite,

Para uma saudável –

Existência?

Qual será a próxima –

Advertência?

População descredenciada,

Não tem voz e nem vez.

Por nefastos humanos –

Silenciada.

O poder corrupto,

Rasgando o juramento –

De proteção.

A Constituição mero livro,

A quem recorrer?

À Deus dará –

São meras as circunstâncias.

Cartas marcadas.

Não há julgamento,

Empurra-se com a barriga –

Cartas marcadas,

Sentenciada.

Interpretam os mesmos papéis:

Algoz e capataz.

A escravidão servil –

Contemporânea.

Racismo estruturado,

Favelas –

As constantes senzalas.

Traçando linhas paralelas,

Um paradoxo sem fim.

Sempre será assim?

Inteligência –

Não se faz com poder de compra,

Riquezas não caem do céu.

Como é que fecha essa conta?

O povo massacrado –

Pelas leis pisoteados.

Mesclando dor e divertimento,

Insana labuta.

De compromissos honrando,

Não esquece dos irmãos –

Na hora do lamento.

É um ciclo –

A roda que gira no mesmo compasso,

Na luta.

Queda de braço acirrada –

Disputa surreal.

A corda arrebenta sempre,

No lado mais fraco.

Mas em algum dia,

Transmutara-se-a na psicodelia.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 11/02/2022
Reeditado em 11/02/2022
Código do texto: T7449832
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