População descredenciada
Incertezas –
Inverdades.
Dualidades –
As tristezas.
Intensos confrontos,
Armando-nos de todas as maneiras.
Estratégias de guerra,
Ao menos para a proteção.
Sociedade civil,
Ameaçada a Democracia.
Território instável,
Dia a dia lamentável.
Em cada ação,
A sua consequência.
Qual é o limite,
Para uma saudável –
Existência?
Qual será a próxima –
Advertência?
População descredenciada,
Não tem voz e nem vez.
Por nefastos humanos –
Silenciada.
O poder corrupto,
Rasgando o juramento –
De proteção.
A Constituição mero livro,
A quem recorrer?
À Deus dará –
São meras as circunstâncias.
Cartas marcadas.
Não há julgamento,
Empurra-se com a barriga –
Cartas marcadas,
Sentenciada.
Interpretam os mesmos papéis:
Algoz e capataz.
A escravidão servil –
Contemporânea.
Racismo estruturado,
Favelas –
As constantes senzalas.
Traçando linhas paralelas,
Um paradoxo sem fim.
Sempre será assim?
Inteligência –
Não se faz com poder de compra,
Riquezas não caem do céu.
Como é que fecha essa conta?
O povo massacrado –
Pelas leis pisoteados.
Mesclando dor e divertimento,
Insana labuta.
De compromissos honrando,
Não esquece dos irmãos –
Na hora do lamento.
É um ciclo –
A roda que gira no mesmo compasso,
Na luta.
Queda de braço acirrada –
Disputa surreal.
A corda arrebenta sempre,
No lado mais fraco.
Mas em algum dia,
Transmutara-se-a na psicodelia.
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