Feridas na alma

De repente, o som –

Nefasto e ensurdecedor,

Quebra o silêncio –

Doses homeopáticas,

Ou letal de arsênio.

Alta madrugada,

Lamentos de dor –

Expressões de pavor.

Estampidos aleatórios,

Provocam a ansiedade.

Respirações ofegantes,

Vidas em perigo -

No estardalhaço dos vis.

A quem compete –

Essa fatalidade?

Frágeis moradores,

O ir e vir da labuta,

Ressachardo –

Andar mecânico,

Apressado.

Constante luta,

No trajeto de casa.

Corpos acuados,

Em busca de melhor proteção.

Chorando estão as crianças,

Assustadas –

Pelo barulho –

Amedrontadas.

Assim como os animais indefesos,

Incapazes de viver em cruel condição,

Impondo o poder da coação.

Pela igualdade de sobrevivência,

Abastecendo-nos de resiliência.

As cicatrizes – Feridas na alma,

Desgastante fonte –

Minando – A saúde mental.

A cada segundo, imparcial,

O momento crucial.

Reverberando –

Tirando o sossego.

Antes o adormecer tranquilo,

Dá lugar à inquietude -

Mais um conflito.

O povo faminto,

Entre gritos e disparos –

Dura realidade.

Um uníssono pedido,

Que a paz venha reinar,

Entre os aflitos.

Para os cidadãos de bem:

A proteção.

Quem irá nos proteger,

No cessar do fogo cruzado?

Quem é o inimigo –

No arrefecer da dualidade?

Jogadas na mídia,

As inverdades.

Procurando a coexistência –

Do raciocínio,

Alto grau de discernimento.

Aonde estaremos –

No próximo momento?

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 11/02/2022
Código do texto: T7449749
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