Egrégora capitalista

Insistentes obstáculos,

Seguidos são o amanhecer.

Até quando Deus quiser,

Ou na eminência –

Da obscuridade.

Quase sempre,

Pega-nos de surpresa.

Não há nenhum sinal –

Tsunami arrasa com tudo,

Levando planos e sonhos.

Estraçalhando o que encontra –

Pelos labirintos,

Largas estradas.

Ouço gritos,

Cachorros latindo,

Às vezes, ou quase sempre,

Os estampidos –

E não são fogos de artifícios,

Em plena luz do dia.

Qual será o futuro,

Que ali na frente ou não,

Aguarda-nos?

Arrastando-nos feito zumbis,

Na tentativa de falar –

Na truculência –

Somos calados.

Ao levante –

Ecoando os sussurros,

Punhos fechados no alto.

Não importa a cor da nossa pele,

Clamamos por igualdade –

De justiça.

Essa História –

Não é somente de agora.

Sopra aos ouvidos –

Oriundos da ancestralidade.

Negros e indígenas –

Desde o início, açoitados.

Não podemos permitir –

Tal crueldade.

Mudaram os tempos –

São outros.

As vozes devem ser ouvidas,

Posicionando-se –

Contra as injustiças.

Todos têm a sua trajetória,

E nenhuma linha –

Deve ser apagada.

Os registros –

Devem e precisam existir.

Haverão futuras gerações,

No presente –

Caminhando para o holocausto.

Crimes cometidos –

Amplamente,

Não podemos permitir.

O nosso lugar,

Queremos por direito.

No meio dessa egrégora,

Capitalista e autoritária.

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Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 09/02/2022
Reeditado em 09/02/2022
Código do texto: T7448290
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