Papel do caos

A violência –

Sempre mais presente,

Afrontando-nos.

Aproximando-se de nossas casas,

Como visita indesejada.

Atacando-nos –

Sem alguma piedade.

Exercendo o papel do caos:

Pelas mãos do Estado,

Ou do poder paralelo.

Ainda existe a terceira opção,

Sem nenhuma objeção:

Cidadãos disfarçados,

Acima de qualquer suspeita.

Apertam o gatilho –

À queima roupa.

Vidas inocentes,

Não poupam.

Sem saber quem está –

Na outra ponta.

Chefes de família,

Famílias inteiras impactadas.

Organizam-se os grupos,

Realizando trincheiras,

Desejando a proteção.

Não mais nos entendemos,

Nesta torre de Babel.

Cada qual deseja impor a sua verdade,

Em frases feitas, imperfeitas.

Palavras fascistas,

Enaltecendo egos.

Velhos clichês –

Antigos chavões.

Uma população desassistida,

Sem saber para onde correr –

Nem como se proteger.

O poderio bélico,

Nas mãos de qualquer um –

Sem responsabilidade,

Ou senso crítico.

Na sensação de desmandos,

Violando leis.

O racismo,

Cada vez mais entranhado,

Em uma sociedade separatista –

Sem dó – Egoísta.

Momento crucial -

A balbúrdia Invadindo o espaço,

Que deveria ser imaculado –

Preservado – Traço de paz.

Pelas mãos dos carrascos –

Os capatazes do século XXI,

Destruídas.

Como recomeçar?

A pergunta entalada na garganta.

Se, às vezes, ou quase sempre falta:

Para o básico e alimentação.

São corpos vilipendiados,

Diante de uma triste realidade.

Fomentada pelo mal –

Daqueles que deveriam:

Com ênfase nos proteger.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 07/02/2022
Código do texto: T7446621
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