Papel do caos
A violência –
Sempre mais presente,
Afrontando-nos.
Aproximando-se de nossas casas,
Como visita indesejada.
Atacando-nos –
Sem alguma piedade.
Exercendo o papel do caos:
Pelas mãos do Estado,
Ou do poder paralelo.
Ainda existe a terceira opção,
Sem nenhuma objeção:
Cidadãos disfarçados,
Acima de qualquer suspeita.
Apertam o gatilho –
À queima roupa.
Vidas inocentes,
Não poupam.
Sem saber quem está –
Na outra ponta.
Chefes de família,
Famílias inteiras impactadas.
Organizam-se os grupos,
Realizando trincheiras,
Desejando a proteção.
Não mais nos entendemos,
Nesta torre de Babel.
Cada qual deseja impor a sua verdade,
Em frases feitas, imperfeitas.
Palavras fascistas,
Enaltecendo egos.
Velhos clichês –
Antigos chavões.
Uma população desassistida,
Sem saber para onde correr –
Nem como se proteger.
O poderio bélico,
Nas mãos de qualquer um –
Sem responsabilidade,
Ou senso crítico.
Na sensação de desmandos,
Violando leis.
O racismo,
Cada vez mais entranhado,
Em uma sociedade separatista –
Sem dó – Egoísta.
Momento crucial -
A balbúrdia Invadindo o espaço,
Que deveria ser imaculado –
Preservado – Traço de paz.
Pelas mãos dos carrascos –
Os capatazes do século XXI,
Destruídas.
Como recomeçar?
A pergunta entalada na garganta.
Se, às vezes, ou quase sempre falta:
Para o básico e alimentação.
São corpos vilipendiados,
Diante de uma triste realidade.
Fomentada pelo mal –
Daqueles que deveriam:
Com ênfase nos proteger.
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