Lua menina!!! Pra muitos, perdeu-se o encanto das coisas, o valor e a magnitude de suas feituras. Do céu, do infinito, da natureza, da terra, do mar Do sol, da “lua”, dos planetas, das nuvens e estrelas! Há quem considere vã, ou desconsidere essas belezas Serem maravilhas e obras de Deus! Para mim, incontestes, à revelarem a essência de Seu Poder. Oportuno nesse momento, em que eu hoje (‘nda pouquinho) De frente a conversar e confabular com a "lua" E querem saber de uma coisa... Parece até, parece não... A lua sim, me entendeu! Passadas, vinte e uma horas... De uma noite clara e estrelada, Beirando fim do dia. Lá, bem na mira do horizonte Vejo "ela" paradinha, sempre altiva, sempre singela Estonteante, vindo, vindo, descendo e sorrindo pra mim. Ascendida... Acesa num fino traço Esculpida como se fosse num tênue fio Causando nesse aparvalhado emotivo Comoção, deslumbre, fascínio e arrepio. Apresentou-se para mim... Vestida, apenas com um belo cordão dourado Talvez tenha ganhado tal veste, de um recente arrebol Quem sabe e porque não dizer, presente dado por seu amor Seu namorado, a bola de fogo, o Sol. Trocamos olhares, com estrelas amigas, à lhe rodear Parecendo velarem, por sua presença e delicadeza. Uma espécie de som inaudível, confiamo-nos em conluio Dizendo, um para o outro coisas que não posso contar-lhes! De repente, eu fixo observando sua suave descida Estava escuro demais, misteriosa demais essa noite Mas parece pelo que vi, que nuvens vieram ao seu encontro Para lhe socorrer, abrigar e dar-lhe proteção e guarida Estava ela, talvez, sentida, dolorida...? De fato, não sei...talvez... E foi assim, como por encanto (e foi mesmo, por encanto) Que a “lua” menina, fraquinha, franzina, quase sem forças, Desceu de plano e retirando-se de cena, baixou, declinou... E ali, bem ali na minha frente, a Lua menina, desapareceu Deixando só, à mim e todas as estrelas!