Contraste de energias

Ninguém não imagina –

O quanto estou cansada.

Neste mundo,

Em que as energias –

São sugadas.

Terra de interesses,

Jogos sórdidos –

Regras macabras.

Os seres iluminados,

Aos poucos aniquilados.

Luta corporal –

Delírios do bem e do mal.

Não me julgo –

Entre os melhores,

Dos seres humanos.

As vezes, ou quase sempre,

Ser forte.

Revelam-se as cicatrizes,

Por onde andarão –

Os momentos felizes?

Sempre é do mesmo jeito,

Lutar para sobreviver.

Ou mínimo de reconhecimento,

Por algo se ama, realiza.

A verdade forjada,

Obsolescência programada.

Valores obscuros,

Vale-se por aquilo que se tem,

E nunca pelo o que se é.

A falsidade –

Guerra de egos.

Na disputa de preços,

No status –

Daquele que lucra mais.

A moda agora –

São os verificados.

A grande minoria,

Os desvalidos.

A míngua no desejo,

Para serem notados.

É estarrecedor,

Para quem está de fora –

Sem a menor compreensão.

A invisibilidade –

Talvez seja uma dádiva.

Assim, perco-me em devaneios,

Em emaranhados de sentimentos.

Duradouros e infinitos –

Em meu âmago.

Descobrindo-me -

Na sinergia da alma.

Com as palavras –

Mesclando os conhecimentos,

Também o aprendizado.

Conectados aos fios,

De outra dimensão.

Na introspecção –

De outras vidas.

Nem tudo o que se ver,

O que se sente –

É explicado.

O poder do sobrenatural,

Há milhões de anos luz –

Pelo Universo conectado.

Talvez contatando-me –

Servindo-me –

Como instrumento.

Sugando –

Abastecendo-me –

Em autoconhecimento.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 03/02/2022
Código do texto: T7444037
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