Legitimidade

A insana insensatez –

Não nos levará a nada.

Indignados –

Forjados –

Não há uma palavra de consolo,

Apenas facas dilacerando o peito.

Na contramão –

Varrendo tudo o que algum dia,

Foi planejado.

Sentimentos de uma vida inteira,

Jogados na lama.

Para muitos, ou a grande maioria,

Sem nenhum valor.

Entrego-me –

Às dimensões de vidas paralelas,

De energias que se complementam.

As virtudes demonstradas em atitudes,

No abismo de desejos –

Sonhos perdidos.

Cada letra escrita,

Expressa um sentimento.

No anseio de prosperar,

Da evolução humanizada -

Na breve expansão da consciência.

Entretanto, há um caos,

De nós engolir com a intenção.

Devorar a todos, um sumidouro,

Que transmuta a tudo que paira.

Para onde seguiremos –

Com tal desmantelo?

Sem o caráter –

Que nos revela,

O que realmente somos.

É tão pungente e arredio,

Os fatos que acontecem ao redor.

Puxando-nos –

Tirando-nos dos eixos.

Aniquilando-nos –

Feito uma coisa qualquer.

As engrenagens –

Cada vez mais perversas,

De moer pessoas.

Não há resquício de maturidade,

Sem a legitimidade das circunstâncias.

Neste lugar – A sobrevivência,

É tão surreal quanto a existência.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 03/02/2022
Código do texto: T7443764
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