Manipulação abstrata

A revolta impregnada em nossos corpos,

Clama por uma justiça que não acontece.

Entra ano e sai ano –

São sempre as mesmas coisas,

Iguais planos.

Na polidez de lamentos,

Do escárnio ao sacrifício.

Juventude perdida,

Na insatisfação que levam as suas vidas.

Aos que aqui ficam:

Dor e sofrimento –

Martírio sem fim.

Marcas de um governo corrupto,

Falta de compaixão com os demais.

De modo cruel –

Impondo uma assinatura surreal,

A fogo – Queimando a carne.

Flagelados – Humilhando-se –

Por resquícios de dignidade.

Eles te oferecem a cura pela igreja,

Tudo forjado - Está não vem -

Mas não te dão o básico.

Emprego – Moradia – Alimentação –

Tornam-se palavras malditas,

Em seus vocabulários.

Ao pobre -

Nenhum direito a evolução humana.

Enxergados como zumbis,

Usados como trampolins –

Vagando de um lado para o outro.

Como sardinhas dentro de latas,

Transportes que não valem de nada.

Argumentos forjados para nos manter,

Invisíveis cárceres –

Na mente a prisão.

Ilusões de liberdade –

Mera formalidade,

São os cadeados.

Palavras vazias:

Não levam para lugar nenhum.

O ódio:

Colocando-nos no espaço comum.

A manipulação,

O esporte preferido –

Maquiando uma realidade que não existe,

Fomentando prazeres egoístas.

Aos menos favorecidos,

Nenhuma condição.

As atitudes não condiz com a verdade,

Olhares incrédulos,

Em frente ao espelho –

A pose (o ódio) narcisista.

É necessário que haja –

Uma luz no fim do túnel.

Uma razão pelo o qual –

Nunca se desista.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 03/02/2022
Código do texto: T7443716
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