Sanguessugas

A fúria –

Entorpece os sentidos.

Como desbravar –

Novo mundo,

Com os punhos –

Os pés –

Acorrentados?

A revolta,

Rasgando na carne.

Cor de carmim,

Devotada.

Santa Imaculada,

Vertendo veios –

De sangue.

Açoites –

Dilacerando o corpo.

Atitudes imorais,

Velhas políticas.

Nada renovado,

No céu azul.

Torna-se cinzento,

Sobre as nossas cabeças.

Jogo desigual,

Não encaixam as peças.

Políticos corruptos,

Entregando-se às trapaças.

Como sanguessugas,

Agem feita traças –

Corroendo a constituição.

Deixando em frangalhos,

A população.

Os anjos caídos,

Ao contrário do retrato –

Configurado.

A demonstração:

Pela igreja –

Somos manipulados.

(Nem todos!)

A humanidade –

É um mistério,

Muitos tentam decifra-lo.

Enigmas sempre presentes,

Neste caos.

Atordoando-nos –

Um prato cheio –

Para tentar nos enganar.

Na involução,

Caminhando à passos longos.

Acelerados –

Como o mal caratismo.

Crenças e seitas –

Fanatismos,

Tentando colocar a ordem,

Mascarando os objetivos.

Desordem –

O desamparo.

Estado prepotente,

Tratando os demais;

Sem alguma pena,

A não ser a da morte.

Seja de qual jeito for,

Na intolerância de atitudes.

Ou nas mãos do capataz,

Em pleno século XXI.

Não há remorso,

Algo que o detenha.

Amanhã –

Pode ser qualquer um.

Na livre estatística,

Não há objeção.

Seguindo a condição,

Incontáveis são os números -

Não existe o mínimo.

Quanto menos –

Mais para os seus bolsos.

Mundo cruel –

Dotado de superficialidade.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 01/02/2022
Código do texto: T7442313
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