Sanguessugas
A fúria –
Entorpece os sentidos.
Como desbravar –
Novo mundo,
Com os punhos –
Os pés –
Acorrentados?
A revolta,
Rasgando na carne.
Cor de carmim,
Devotada.
Santa Imaculada,
Vertendo veios –
De sangue.
Açoites –
Dilacerando o corpo.
Atitudes imorais,
Velhas políticas.
Nada renovado,
No céu azul.
Torna-se cinzento,
Sobre as nossas cabeças.
Jogo desigual,
Não encaixam as peças.
Políticos corruptos,
Entregando-se às trapaças.
Como sanguessugas,
Agem feita traças –
Corroendo a constituição.
Deixando em frangalhos,
A população.
Os anjos caídos,
Ao contrário do retrato –
Configurado.
A demonstração:
Pela igreja –
Somos manipulados.
(Nem todos!)
A humanidade –
É um mistério,
Muitos tentam decifra-lo.
Enigmas sempre presentes,
Neste caos.
Atordoando-nos –
Um prato cheio –
Para tentar nos enganar.
Na involução,
Caminhando à passos longos.
Acelerados –
Como o mal caratismo.
Crenças e seitas –
Fanatismos,
Tentando colocar a ordem,
Mascarando os objetivos.
Desordem –
O desamparo.
Estado prepotente,
Tratando os demais;
Sem alguma pena,
A não ser a da morte.
Seja de qual jeito for,
Na intolerância de atitudes.
Ou nas mãos do capataz,
Em pleno século XXI.
Não há remorso,
Algo que o detenha.
Amanhã –
Pode ser qualquer um.
Na livre estatística,
Não há objeção.
Seguindo a condição,
Incontáveis são os números -
Não existe o mínimo.
Quanto menos –
Mais para os seus bolsos.
Mundo cruel –
Dotado de superficialidade.
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