Filomena
Foi numa festa na favela
lá em cima, no morro da Penha
que vi minha princesa —
Filó, para os espadas,
que não eram poucos!
E tínhamos uns olhos do nada,
E no corpo menos ainda,
E Filomena gostou de mim
E eu me agarrei nos seus beijos,
Que até hoje viro a noite
Atrás do queijo com goiabada
Que era eu e minha amada
A pequena do corpo doce
Borboleta minha!
Filó rainha da madrugada
Tão perdida na espada da vida
Viveu até fazer um nó
Nos anjos da noite
E acabou,
como acaba o dia!