Filomena

Foi numa festa na favela

lá em cima, no morro da Penha

que vi minha princesa —

Filó, para os espadas,

que não eram poucos!

E tínhamos uns olhos do nada,

E no corpo menos ainda,

E Filomena gostou de mim

E eu me agarrei nos seus beijos,

Que até hoje viro a noite

Atrás do queijo com goiabada

Que era eu e minha amada

A pequena do corpo doce

Borboleta minha!

Filó rainha da madrugada

Tão perdida na espada da vida

Viveu até fazer um nó

Nos anjos da noite

E acabou,

como acaba o dia!

Vera Mascarenhas
Enviado por Vera Mascarenhas em 30/01/2022
Reeditado em 22/05/2024
Código do texto: T7440815
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