Rupturas
Hoje a tinta é transparente...
ranhuras invisíveis traçadas pela caneta escrevendo os sentimentos que jamais foram ditos.
Palavras etéreas, inspiração ausente, pensamentos desconexos que o vento borra como uma miragem no deserto, quem vem e desaparecem no limiar do tempo.
O tinteiro sangra versos esquecidos
o vazio pousa sobre a mesa, o coração está seco, enquanto a escrita geme... em outras terras... muito longe… longe de mim.
Hoje a tinta é transparente...invisível a olho nu, esvai-se como fumaça, paira sobre uma névoa, os versos desencontrados numa pilha de papéis amassados.