Invisibilidade (fome)

Desigualdade social:

Fome –

Violência –

Falta de empregos –

Em perigo a saúde.

O Estado da invisibilidade,

Do descaso e abandono.

Muitas das vezes,

Roncando o estômago.

Pessoas sujeitas –

À falta de sorte,

Na casa ao lado –

Em silêncio.

Por ora, não –

Chorando estão as crianças.

Quem se compadece?

A tormenta à espreita,

Quem virá ao refúgio?

Não mais casos isolados,

Em pleno século XXI –

Na transparência da miséria,

Em meio a pandemia.

Muitos são os medos,

Na incerteza do dia de amanhã –

Pagando os seus pecados?

Os ricos cada vez mais ricos,

Esbanjando riquezas e bens.

Os menos favorecidos –

Sem alguma oportunidade.

Diferentes cores de peles,

Paleta multicolorida –

Criação de Deus.

Em busca do mesmo propósito,

O de se manter são e vivos –

Diante da realidade vil e cruel,

Desde o início, igual conceito.

Na distopia de dias atuais,

Que transcende a dor,

Rasgando na carne.

Mães sem saberem –

Como alimentarão os filhos.

Na insanidade:

“Quem pariu os seus,

Que os embalem.”

Se vivêssemos em uma sociedade,

Mais humana –

Muita dor e sofrimento,

Seriam amenizados.

Porém, impera o egoísmo,

À olhos vistos.

Tão insignificantes –

Quanto aos desmazelos de alguns.

Intitulam-se cristãos,

E não se compadecem,

Com o triste olhar –

Da fome.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 29/01/2022
Código do texto: T7439960
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