Mãos Atadas
Aproveita assim dizem os mais velhos
Faça o que quiser
Não faça o que faço
Exterminador do tempo
Vou matando
Minuto a minuto sem medo
Sem sentir falta querendo ainda mais
Continuo correndo.
Quando me dei conta
Passa se mais de dez anos
Eu solteiro sem filhos
Sem uma carreira em progresso
Sucesso estabilidade dinheiro
Vivendo,
Por conta de escolhas
Estou sobrevivendo.
Me afastei de todos
Me perdoa a ausência
Até minha sombra ficou de lado
Parece depressão
Mas calmo sorrio cada desapertar
Com alegria mesmo que não tenha companhia.
Faço as coisas que gosto
Me alimento com alimentos selecionados
O que meu dinheiro pode comprar
Eu compro
Pra comer não se economiza
Às vezes um pouco
Mas vontade? Não sei o que é isso...
Uma dia a mais ou menos
Depende do seu ponto de vista
De onde vc olha
Vários fatores
Coisas que se acostuma
Nada é igual.
Mas tudo se compara
É fácil ter um diálogo
Começar algo
Ter um assunto
Dois querendo vai longe o baguio
A hora passa o tempo parece que para
E vc fica todo todo.
Tudo bem, que graça tem
Quando vc conhece o final pra tudo
Imaginação fértil
Livre arbítrio
A surpresa deixou de ser presente
E o inevitável se perdeu pelo caminho
Mas como vc tem que aprender
O destino sempre dá, seus jeitos.
Tropeça, cai se troce todo
Dor, febre
Noites em claro
Amnésia constante
Sempre algo fica de lado
O esforço em vão
Sempre é irritante
Deixa quieto.
Nada é atoa
Sofra o que tem que sofrer
Mas sofra
Sofreu?
Pq é trouxa
Quem disse que precisava sofrer
Ouvir o coração pé no chão
Mente alerta
Não se arrepender de nada
O que tá feito
Já estava escrito
E agora ninguém mais apaga
A história do universo
Coadjuvantes e protagonistas
Me diz, aonde vc se encaixa?
Estou na arquibancada
Torcendo pra que alguém vença
A alegria é contagiante
Sou a favor de coisas boas
De energias positivas
De paz felicidade e justiça.
Quero fazer diferente
Mas tão igual me vejo de mãos atadas
Quero ser normal
Mas sou doente em vida
Busco a cura
Mas ela está no íntimo
Um pensamento mudaria sei o que penso o que devo pensar
Mas o ritmo das coisas
Dita o que devo fazer
E quando vejo já está feito
Pecado consumado
Pro agora, se lamenta
Curte o nada vezes nada
Faz as contas
Pq tudo se compra
As vontades que devora
Que manda em sua Vida
Por um fim nisso seria o melhor
Mas foi o que sobrou
Tirando isso
Teria que construir algo, do Nada.
Dia a dia, hora a hora
Uma meta a atingir
Mas me pergunto
Pra quem devo fazer esse esforço
Sendo que pra mim
Que si foda!!!
Nada disso meu irmão
Nunca perco a esperança
Mas faz tempo que me perco no tempo
Pra ficar contando distância
Sou feliz assim
E assim sigo perto e longe
Na batida que me sobra.
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