Último suspiro
Algumas pessoas –
Vestem-se com um véu,
Tentando encobrir a realidade –
A qual sobrevivem.
Recriam subterfúgios,
Agarrando-se a tábua de salvação.
Ou seja, apoiam-se,
Em falsas muletas –
E/ou crenças,
Na tentativa de amenizar a dor.
A realidade em que vivemos,
Nem tão pouco condiz,
Com a verdade ao redor.
Os caminhos,
Não seguem em paralelos.
As mesmas estradas –
Convergem-se em encruzilhadas.
O livre arbítrio,
Não trás consequências –
Apenas para si.
Ele sempre sai atropelando,
Outras escolhas –
Vidas –
E sonhos.
Assassina expectativas,
Arrefecem perspectivas.
A resiliência,
Em dimensão distorcida.
Na incompetência de atos –
Descabidos,
Inúmeros são os pecados.
As engrenagens,
Giram de forma aleatória.
Numa contra dança,
Fora de compasso.
Sem ritmo –
Chão putrefado,
Superfície íngreme –
Exigindo maiores esforços.
A grande maioria,
Em desvantagem.
A menor parte covarde,
Deixando-a à quilômetros de distância –
Da linha de chegada.
À todo momento,
Passados para trás –
De pés descalços.
Os malefícios presente,
Rasgando na carne –
Sugando a nossa alma.
Mas nunca desistindo,
Até que ocorra –
O último suspiro.
***
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