Divisas.
É hora de obter o aconchego do findar do dia,
Na sensibilidade pueril de uma visão atenta,
Vencendo amarguras sem uso de anestesia,
Misturando-se no negror da noite que aumenta,
Os rastros sombrios se apresentam com calma,
Cobrindo as cambiantes da condição humana,
Conforto e serenidade na generosidade da alma,
Para o amparo legal pela opulência que clama,
Durante a noite flanamos nos atrativos dos portais,
Buscamos estradas no céu, um trem sem trilhos,
Distinguimos sintonias que já não existem mais,
E as imagens que nos fascinam com seus brilhos,
Neste momento nos aninhamos em devaneios,
Chegam as lembranças em novelos de saudade,
A vida se acentua num ritmo puro sem rodeios,
E os ósculos são mais razão dentro da felicidade,
No poente o tempo se esvai por entre os dedos,
Enquanto a vida corre se espalhando em cores,
Inspira ares de liberdade afastando os medos,
Perfumando essências que elucubram amores!