Há um tempo para tudo
Qual é o limite do sacrifício humano?
Aquele que tem o poder da benevolência –
O de se abnegar de sua própria vida,
Em prol do outro.
As pessoas se julgam superiores,
Pensando que um dia nunca precisará.
Não são capazes de reconhecer –
De se enxergarem no reflexo do outro.
As circunstâncias nem sempre são favoráveis,
Os anos à fio participando de tal doutrinação –
Não foram capazes de lhe mostrar o que é essencial,
No zelo – No cuidado com o próximo.
Os exemplos lhes são dados,
As atitudes demonstradas.
Há um tempo para tudo,
E se o fim ainda não se deu –
Também há uma razão para ser.
Cada indivíduo tem a sua essência,
A sua maturidade (ou não) espiritual.
Não basta olharmos através do muro do vizinho,
Para vermos o comportamento alheio.
É necessário que sintamos uma conexão,
Religando-nos à expansão.
Entrelaçarmos na atmosfera interdimensional,
Não olhando somente para o exterior –
Outras galáxias.
E sim, prestarmos mais atenção,
Em nosso interior,
Para redescobrirmos de fato o ser primordial.
Dessa maneira, fazendo com que a expiação,
Seja mais branda –
E a vivência aqui na Terra,
Enfim, proveitosa.
O livre arbítrio –
É uma dádiva.
Em toda ação, há uma consequência,
Tanto para o bem, quanto ao contrário.
O destino, embora traçado,
Quem sabe pode sofrer uma reviravolta?
Tudo está interligado –
Basta com que façamos que aconteça.
Os ensinamentos estão presentes,
Porém, às vezes, esquecemos o cabal,
Demonstrando o nosso verdadeiro caráter.
O sacrifício não tem,
E não terá nenhum valor –
Se este não for feito por caridade,
Infelizmente, pela vaidade.
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