Há um tempo para tudo

Qual é o limite do sacrifício humano?

Aquele que tem o poder da benevolência –

O de se abnegar de sua própria vida,

Em prol do outro.

As pessoas se julgam superiores,

Pensando que um dia nunca precisará.

Não são capazes de reconhecer –

De se enxergarem no reflexo do outro.

As circunstâncias nem sempre são favoráveis,

Os anos à fio participando de tal doutrinação –

Não foram capazes de lhe mostrar o que é essencial,

No zelo – No cuidado com o próximo.

Os exemplos lhes são dados,

As atitudes demonstradas.

Há um tempo para tudo,

E se o fim ainda não se deu –

Também há uma razão para ser.

Cada indivíduo tem a sua essência,

A sua maturidade (ou não) espiritual.

Não basta olharmos através do muro do vizinho,

Para vermos o comportamento alheio.

É necessário que sintamos uma conexão,

Religando-nos à expansão.

Entrelaçarmos na atmosfera interdimensional,

Não olhando somente para o exterior –

Outras galáxias.

E sim, prestarmos mais atenção,

Em nosso interior,

Para redescobrirmos de fato o ser primordial.

Dessa maneira, fazendo com que a expiação,

Seja mais branda –

E a vivência aqui na Terra,

Enfim, proveitosa.

O livre arbítrio –

É uma dádiva.

Em toda ação, há uma consequência,

Tanto para o bem, quanto ao contrário.

O destino, embora traçado,

Quem sabe pode sofrer uma reviravolta?

Tudo está interligado –

Basta com que façamos que aconteça.

Os ensinamentos estão presentes,

Porém, às vezes, esquecemos o cabal,

Demonstrando o nosso verdadeiro caráter.

O sacrifício não tem,

E não terá nenhum valor –

Se este não for feito por caridade,

Infelizmente, pela vaidade.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 25/01/2022
Reeditado em 27/01/2022
Código do texto: T7436801
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