ONDE NÃO PASSAVA NINGUÉM

Não sei por que não esqueço a-

quela ruazinha sozinha onde não

passava ninguém.

Sua única moradora era a Dona

Nostalgia.

Quando eu era menininho esse

era o meu caminho. Na minha

imaginação quando passava por

ela, semeava no trajeto, muitas

flores coloridas pra que transfor-

masse essa rua numa imenssa

floreira de afetos, que muita gente

atraísse com perfumados amores

e que todos se abraçassem e

desse modo afastassem pra

sempre a melancolia, trazendo

pra aquela rua a presença da ale-

gria.

Gilberto Stone
Enviado por Gilberto Stone em 22/01/2022
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