ONDE NÃO PASSAVA NINGUÉM
Não sei por que não esqueço a-
quela ruazinha sozinha onde não
passava ninguém.
Sua única moradora era a Dona
Nostalgia.
Quando eu era menininho esse
era o meu caminho. Na minha
imaginação quando passava por
ela, semeava no trajeto, muitas
flores coloridas pra que transfor-
masse essa rua numa imenssa
floreira de afetos, que muita gente
atraísse com perfumados amores
e que todos se abraçassem e
desse modo afastassem pra
sempre a melancolia, trazendo
pra aquela rua a presença da ale-
gria.