Grão de poeira

Às vezes, é tão difícil imaginar,

O quanto tudo pode ser imensurável.

A vastidão do Universo –

Os seus mistérios,

O que nos hipnotizam.

O que não foi explorado:

Por razões óbvias.

Os céus –

Com o reflexo dos oceanos,

Há uma conexão inimaginável.

O ser humano –

É apenas um grão de poeira,

Diante do esplendor,

O qual nos acompanha.

A força motriz –

Vital –

Para que se realize:

A expansão –

O equilíbrio das energias.

Mas a humanidade,

Mostra-se cada vez mais caótica,

Diante dos fatos que acontecem.

Não há um aprendizado,

Que leve ao progresso.

Declinam-se às mesmices,

Seguindo ao contrário –

Do curso natural.

No retrocesso,

Culminando nos iguais erros –

Aqueles do passado.

Justificando-se pela ganância,

Impondo a força pelo poder –

Costumeiramente pelo cargo,

Que se tem ou se usurpa.

Quem deveria gerir –

Pensar no próximo,

É o primeiro a prover –

O seu próprio bem estar,

Não se importando:

Com a agonia que mantém.

Não há amor –

Existe apenas o egoísmo.

Promovendo:

A dor –

O sofrimento –

O caos.

A vida alheia não tem,

A devida importância.

Famílias inteiras,

São dizimadas.

Por uma fartura de arrogância,

Prepotência –

E falta de caráter.

***

Blog Poesia translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 21/01/2022
Código do texto: T7434099
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