Grão de poeira
Às vezes, é tão difícil imaginar,
O quanto tudo pode ser imensurável.
A vastidão do Universo –
Os seus mistérios,
O que nos hipnotizam.
O que não foi explorado:
Por razões óbvias.
Os céus –
Com o reflexo dos oceanos,
Há uma conexão inimaginável.
O ser humano –
É apenas um grão de poeira,
Diante do esplendor,
O qual nos acompanha.
A força motriz –
Vital –
Para que se realize:
A expansão –
O equilíbrio das energias.
Mas a humanidade,
Mostra-se cada vez mais caótica,
Diante dos fatos que acontecem.
Não há um aprendizado,
Que leve ao progresso.
Declinam-se às mesmices,
Seguindo ao contrário –
Do curso natural.
No retrocesso,
Culminando nos iguais erros –
Aqueles do passado.
Justificando-se pela ganância,
Impondo a força pelo poder –
Costumeiramente pelo cargo,
Que se tem ou se usurpa.
Quem deveria gerir –
Pensar no próximo,
É o primeiro a prover –
O seu próprio bem estar,
Não se importando:
Com a agonia que mantém.
Não há amor –
Existe apenas o egoísmo.
Promovendo:
A dor –
O sofrimento –
O caos.
A vida alheia não tem,
A devida importância.
Famílias inteiras,
São dizimadas.
Por uma fartura de arrogância,
Prepotência –
E falta de caráter.
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