Algoz da vez
As sombras –
A escuridão –
Querendo tomar conta,
Desejando se apossar:
Não somente de nossos corpos,
Como também de insanas mentes.
Alimentam-se de forma doentia,
Não há o mínimo de empatia,
Em plena covardia.
Eles preferem o desprezo,
A dor em sua forma mais lancinante.
Latejando na carne,
Fazendo jorrar o sangue.
Sem o menor escrúpulos,
Ingênua brincadeira infantil.
O sofrimento –
Queimando –
Dilacerando –
Entorpecimento ardil.
Os dias seguem em descompasso,
A ermo –
Pobres –
Favelados –
Descalços –
Sem eira e nem beira –
Nenhum pedaço de chão,
A melanina na pele, ou não.
Pelo cep –
A condenação.
Total subordinação,
Na intolerância de um governo desvalido.
Nas leis de um país violento,
Com a população desonesto.
Onde o que manda mais –
É o dinheiro,
O poder aquisitivo notório.
Não importa de onde venha,
O ilusório se mantenha.
As palavras –
São jogadas ao vento.
O caráter de nada vale,
Quanto a falta dele,
Equivale milhões.
As atitudes desonestas,
O poder de persuasão.
Quem fala e age com a verdade,
Como prêmio:
Recebe a exclusão,
Ou uma sutil execução.
Em um lugar –
Onde se compactua com a desonestidade,
Para alcançar nefastos objetivos.
Na conivência de seus mal feitores,
Onde os imprevistos reinam –
Na competência da manipulação.
Na mão de quem estará a salvação?
O salvador da pátria –
Trazendo o alívio.
Ou estaremos sempre –
Nas mãos de algum algoz da vez?
***
Blog Poesia Translúcida