Algoz da vez

As sombras –

A escuridão –

Querendo tomar conta,

Desejando se apossar:

Não somente de nossos corpos,

Como também de insanas mentes.

Alimentam-se de forma doentia,

Não há o mínimo de empatia,

Em plena covardia.

Eles preferem o desprezo,

A dor em sua forma mais lancinante.

Latejando na carne,

Fazendo jorrar o sangue.

Sem o menor escrúpulos,

Ingênua brincadeira infantil.

O sofrimento –

Queimando –

Dilacerando –

Entorpecimento ardil.

Os dias seguem em descompasso,

A ermo –

Pobres –

Favelados –

Descalços –

Sem eira e nem beira –

Nenhum pedaço de chão,

A melanina na pele, ou não.

Pelo cep –

A condenação.

Total subordinação,

Na intolerância de um governo desvalido.

Nas leis de um país violento,

Com a população desonesto.

Onde o que manda mais –

É o dinheiro,

O poder aquisitivo notório.

Não importa de onde venha,

O ilusório se mantenha.

As palavras –

São jogadas ao vento.

O caráter de nada vale,

Quanto a falta dele,

Equivale milhões.

As atitudes desonestas,

O poder de persuasão.

Quem fala e age com a verdade,

Como prêmio:

Recebe a exclusão,

Ou uma sutil execução.

Em um lugar –

Onde se compactua com a desonestidade,

Para alcançar nefastos objetivos.

Na conivência de seus mal feitores,

Onde os imprevistos reinam –

Na competência da manipulação.

Na mão de quem estará a salvação?

O salvador da pátria –

Trazendo o alívio.

Ou estaremos sempre –

Nas mãos de algum algoz da vez?

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 20/01/2022
Código do texto: T7433387
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