Rastilho de pólvora

Uma época de confusão –

Espelha-se pela Terra o caos.

Intrigas e falsos clamores,

Correm à velocidade da luz –

Feito um rastilho de pólvora,

Pela internet,

Uma eminente explosão.

Um rastro de destruição –

Falsas acusações.

São tantos os erros,

Vidas perdidas.

Qual será a salvação,

Neste mundo de expiação?

Onde reinam a injustiça e a perseguição,

Sem alguma munição,

Ou respaldo de sobrevivência.

Vozes caladas pelo ódio,

Também a força –

Amordaçados pela violência.

Por mais que gritamos,

Nenhum resquício de esperança.

Resilientes –

Atolados até o pescoço,

Nessa lama.

De um governo a cada dia mais cruel,

Também omisso –

Negligenciando o próximo,

Sociedade servil

Se existe uma luz no final do túnel,

Mostra-se cada vez mais distante.

É tão real a baixa energia –

Movimenta-se acinzentada,

Feito fumaça.

Sufocando –

Ceifando sonhos,

Às vezes, gera revolta.

Por quanto tempo mais?

A cada amanhecer,

Um misto de dor e agonia –

Dilacerando a alma.

O espírito se perde –

Por entre labirintos.

Manipulação:

Palavras fora de contexto,

Usurpando status.

Comportam-se como deuses,

De um país injusto.

Sem a devida preocupação –

Com os seus.

Sem o menor indício –

De dignidade.

***

Blog Poesia translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 17/01/2022
Código do texto: T7431182
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