Rastilho de pólvora
Uma época de confusão –
Espelha-se pela Terra o caos.
Intrigas e falsos clamores,
Correm à velocidade da luz –
Feito um rastilho de pólvora,
Pela internet,
Uma eminente explosão.
Um rastro de destruição –
Falsas acusações.
São tantos os erros,
Vidas perdidas.
Qual será a salvação,
Neste mundo de expiação?
Onde reinam a injustiça e a perseguição,
Sem alguma munição,
Ou respaldo de sobrevivência.
Vozes caladas pelo ódio,
Também a força –
Amordaçados pela violência.
Por mais que gritamos,
Nenhum resquício de esperança.
Resilientes –
Atolados até o pescoço,
Nessa lama.
De um governo a cada dia mais cruel,
Também omisso –
Negligenciando o próximo,
Sociedade servil
Se existe uma luz no final do túnel,
Mostra-se cada vez mais distante.
É tão real a baixa energia –
Movimenta-se acinzentada,
Feito fumaça.
Sufocando –
Ceifando sonhos,
Às vezes, gera revolta.
Por quanto tempo mais?
A cada amanhecer,
Um misto de dor e agonia –
Dilacerando a alma.
O espírito se perde –
Por entre labirintos.
Manipulação:
Palavras fora de contexto,
Usurpando status.
Comportam-se como deuses,
De um país injusto.
Sem a devida preocupação –
Com os seus.
Sem o menor indício –
De dignidade.
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