Teatro sórdido e macabro
Quem verdadeiramente somos?
Parece que vivemos numa dualidade,
De dimensões.
Com espectros se interligando entre si,
Na tonalidade de formas diferenciadas –
De pensamentos.
Onde por algumas questões,
O respeito não se dá.
Às vezes, não mais o adulto,
E sim, a criança no jardim da infância –
Que não aprendeu a compartilhar.
Claramente, o reflexo do egoísmo,
Em frente ao espelho.
Consagrando as horas com o narcisismo,
Tão descarado quanto as ações.
O retrato de um país incoerente,
Com a intragável justiça dos ricos.
Prega-se algo aos quatro ventos,
Ensaiando frases perfeitas.
Não causam nenhum impacto,
Mas que na verdade,
Soam e são interpretadas –
Com total desprezo.
Uma realidade nua e crua,
Estampada no olhar incrédulo –
De uma população sem o respaldo,
De um governo omisso e delinquente.
Observamos com atenção,
Um teatro sórdido e macabro –
O sangue vertendo –
Manchando mãos e a bandeira.
O massacre à olhos vistos,
Com o aval da injustiça.
Iguais a baratas tontas,
Correndo de um lado para o outro.
A população servil,
O acúmulo de riquezas –
Para quem?
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