Vírus mortal

Cinzas no ar –

Como poderemos respirar?

A poluição –

Invadindo os pulmões,

Vírus mortal –

Ameaçando à todos.

O que serão dos sobreviventes?

Políticos puxando a sardinha para o seu lado,

Desejando uma fatia cada vez maior do bolo.

Respirar –

Sangrar –

Rastejar –

Oscilando nessa linha tênue e descompassada.

Uma luta desigual pela sobrevivência,

Onde o poder monetário –

Vale mais do que uma vida.

Até quando suportaremos as demandas,

De um povo mesquinho e sem piedade?

Priorizando lucros –

Ceifando vidas.

Para que falar?

Se não querem nos ouvir

O clamor de uma população,

O ar rarefeito -

A dor devastando os corpos.

Para que ligar?

Não é da família.

Vivemos em uma dimensão paralela,

Com toda a sociedade em colapso.

A sobrevivência é apenas uma atmosfera,

Coberta por cinzas, por circunstâncias –

Por sentimentos vis – Mesquinhos.

Onde a vida alheia não tem mais valor,

Imperando a vontade própria.

A vantagem de se manter sempre em frente,

Principalmente, a cima de todos.

Não importando o quanto de sofrimento,

Isso possa causar.

Só Deus para nos guiar –

Em meio ao caos.

***

Blog Poesia translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 13/01/2022
Código do texto: T7428539
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