Muito além da humanidade

A revolta tatuada na pele,

Revelam-me condições desiguais.

Olhos lacrimejantes,

Uma vontade flamejante –

De querer e não poder.

Com os pés presos,

Falsas algemas –

Dilacerando a essência.

O não reconhecimento,

Inegável rotina –

O dia a dia.

O passar das horas,

Observando o tic tac –

Do relógio em lentidão.

Breves são os elogios,

Contato com o mundo lá fora –

Soam poucos.

Com o sobrenatural,

Sentados no sofá da sala.

Revelam-me segredos,

Ao mundo real –

Inimagináveis.

Não dizem ao que vieram,

Se a uma missão –

Nenhum estardalhaço.

O que se faz no irreal,

Ninguém precisa saber.

Os segundos incontáveis,

Pingando lentos.

Na ampulheta –

Conta gotas,

No lugar da areia:

O sangue.

Não venha com esquemas ilusórios,

Tentando persuadir,

Uma aparência frágil.

O corpo talvez dilacerado,

A mente poderosa –

Capaz de distinguir as verdadeiras intenções,

Ler nas atitudes alheias.

Não caio facilmente –

Em infundadas teias.

Desarmando jogos -

Derrubando peças com um simples olhar,

Disparando argumentos,

Totalmente sob um novo prisma –

Os fundamentos.

A ação psíquica em alinhamento,

Com o que não se pode tocar.

Dimensões paralelas,

Ao meu mundo presente.

A brutalidade do espírito –

A sobrevivência,

Mesclando-se com a sensibilidade.

No ser desconexo,

Não surpreendo-me com as mentiras.

Aceita-se somente a verdade,

Universo transcendental.

Ao espírito psicodélico,

As nuances em perspectivas viscerais.

Do futuro depende a resiliência,

Escapando do caos.

Existente conceito de identidade,

Muito além da humanidade.

Linhagens galáticas – Primordiais.

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Blog Poesia translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 09/01/2022
Código do texto: T7425480
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