Tábula rasa voa
Não decorou a tabuada, tábula rasa, todo mundo anda você atrasa. Outra vez a rabiscar passarinhos, veja a linha do seu futuro – que desalinho. Sem direção vai precisar decorar de cabo a rabo o impiedoso pergaminho. Você se fia na língua lírica na letra empírica esquece a álgebra a geometria. Aonde isso vai não vai todos sabem. Em alguns contrassensos desassossegados se encontra par em outros revirados até mesmo pelo avesso dissolve-se tudo esvanecido no ar. O passarinho escapa da folha pautada do caderno de matemática para pousar altivo resolvido no ombro quedo do professor cartesiano assintomático. Depois voa pela janela aberta.