Mão dupla no amor

A mesma via que vai

Não é aquela que retorna.

Esse vai e vem parece coisa simples,

Mas é o mistério que envolve nossos seres.

Se o prato da balança pesa mais de um lado

O preço se torna exorbitante.

E tantas vezes os amantes

Querem dar o máximo de si

Quando deveria pautar sua doação

Na justa medida,

Na linha média.

Por que o amor se quer absoluto

Ele se perde em si mesmo

E desaparece no próprio umbigo.

Amar é um dar humilde,

Necessário,

Apenas necessário.

Não se tem necessidade absoluta.

Essa nos mata por congestão,

Querendo tudo acaba dando tudo,

Morrendo na mesma via da ida.

Edebrande Cavalieri
Enviado por Edebrande Cavalieri em 08/01/2022
Código do texto: T7424756
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