Estado maquiado

Pessoas comuns –

Tratados como vassalos,

A maioria da população,

Sofrendo desse mal.

Em pleno século XXI,

Atentado à democracia.

Mentalidade de um país imperialista,

Fomentando-nos feito escravos.

A conquista de anos a fio de luta,

Vil derrocada,

Derramado sangue de inocentes.

Esvaindo-se –

Indo embora,

No lamacento regime –

Escoando pelo ralo.

Na mão do Estado,

A morte sempre à espreita.

Não se sabe a direção do disparo,

Pela mão da polícia ou não.

Nas guerras de facções,

Pelas costas sendo tramado.

No fechar das cortinas,

O caos se descortina.

Qual será a razão?

Aos mais interessados,

Tudo maquiado,

Num desmantelo de desespero.

Cidadãos sem direitos,

A pagar impostos –

Somente deveres.

Uma nação feita de políticos,

Sem discernimento –

Políticas públicas,

Visando abastecimento particular.

Escusos escrúpulos,

Fraudulento comportamentos.

No fim quem ganha,

Quem tem maior poder monetário.

Indignados sem justiça,

Fragilizados sem saúde,

Famigerados otários.

De uma maneira ou de outra,

Vistos com desdém.

Os seus bolsos –

Cheios de mantém.

Ao pobre trabalhador,

Nenhum valor incluso.

Corpos negros –

Observados como intrusos.

A democracia –

Clama no peito por supremacia.

Ameaçada –

Ajoelhada – Pedindo espaço.

A cada dia mais vilipendiada –

Caminhando à lentos passos.

Pensamentos falidos de direita,

O autoritarismo e podres raízes.

A liberdade pede licença em diretrizes,

O pavor não retornará.

Livre expressão de pensamentos,

Assim, ceifando as injustiças –

Arrefecendo os elos de suas premissas.

Abrandando a violência,

Refazendo uma nova Pátria.

Sem alguma ameaça,

Que assim seja – Aconteça.

***

Blog Poesia translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 08/01/2022
Código do texto: T7424689
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