Fuga do caos
Vagando pela noite –
O meu corpo inerte na cama,
Não me acorde.
Vislumbro trilhas e caminhos,
Sigo com convicção.
O que vou encontrar –
Eu não sei.
A única certeza:
Não posso ficar parada.
O destino é um ato de grandeza,
Nunca sabe o que vai encontrar.
Estou preparada para o novo,
Em um mesmo seguimento –
Humanos pela estrada?
Também não sei.
Na realidade a qual habito,
A vida estagnada por um fio.
Os sonhos –
Em outras dimensões,
Completam-me outros seres.
Percepções e alucinações,
Os anseios iguais aos deles.
A imaginação a fonte,
Discrepância da fertilidade.
Desejo outra realidade,
Onde não exista o caos.
Quem saiba, faça algum sentido,
A minha essência volita –
Por onde desejo estar.
A transmutação –
Arrefecendo a ansiedade,
Reverberando a felicidade.
Infelizmente, também me mostra –
O outro lado da moeda.
Em paralelos –
Pesadelos me atormentam.
É uma faca de dois gumes,
Morde e assopra.
Necessário e melhor remédio,
Exorcizam todos os meus fantasmas.
Para que em certo momento,
Possa viver o que sempre desejei –
Há muitos e muitos anos atrás.
Aqui na Terra –
Mais uma experiência.
Se cumpro ou não a minha missão,
Não é aqui que saberei.
As respostas se fazem muito além,
A pressa em saber não existe.
A alma está tranquila,
Esperando o momento da partida.
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