Fuga do caos

Vagando pela noite –

O meu corpo inerte na cama,

Não me acorde.

Vislumbro trilhas e caminhos,

Sigo com convicção.

O que vou encontrar –

Eu não sei.

A única certeza:

Não posso ficar parada.

O destino é um ato de grandeza,

Nunca sabe o que vai encontrar.

Estou preparada para o novo,

Em um mesmo seguimento –

Humanos pela estrada?

Também não sei.

Na realidade a qual habito,

A vida estagnada por um fio.

Os sonhos –

Em outras dimensões,

Completam-me outros seres.

Percepções e alucinações,

Os anseios iguais aos deles.

A imaginação a fonte,

Discrepância da fertilidade.

Desejo outra realidade,

Onde não exista o caos.

Quem saiba, faça algum sentido,

A minha essência volita –

Por onde desejo estar.

A transmutação –

Arrefecendo a ansiedade,

Reverberando a felicidade.

Infelizmente, também me mostra –

O outro lado da moeda.

Em paralelos –

Pesadelos me atormentam.

É uma faca de dois gumes,

Morde e assopra.

Necessário e melhor remédio,

Exorcizam todos os meus fantasmas.

Para que em certo momento,

Possa viver o que sempre desejei –

Há muitos e muitos anos atrás.

Aqui na Terra –

Mais uma experiência.

Se cumpro ou não a minha missão,

Não é aqui que saberei.

As respostas se fazem muito além,

A pressa em saber não existe.

A alma está tranquila,

Esperando o momento da partida.

***

Blog poesia translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 08/01/2022
Código do texto: T7424683
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