O BEIJO
Quando as bocas se tocam inicia-se a alquimia. Os lábios se apresentam para o toque de reconhecimento, da descoberta. Importante é eles estarem úmidos e com uma leve quentura que prenuncie um ardor posterior. Quando se encontram após suaves roçares ambos sabem o que querem. Sob uma pressão regulada começam a desvendar os caminhos do prazer que se aproxima.
A tenra carne intumesce em contato com a outra. Um diminuto suspiro escapa. Num átimo de segundo as bocas se abrem para receber o gosto pleno uma da outra. Os hálitos se confundem de imediato e a sensação de desejo cresce. As línguas se sabem e iniciam sua dança frenética onde cada uma é uma serpente cheia de eletricidade desejosa. Nesse momento há uma cumplicidade que já vai se tornando integração harmônica de corpos unidos pelo beijo.