Dedicatória
Dedico os versinhos ao tecelão que descobriu o primeiro fio e fiou.
Dedico ao Seu Crau do bigode amarelo do palheiro de décadas eternamente sentado na sua cadeira de balanço na varanda da sua casa na esquina da nossa rua.
Dedico à noite de tormenta em que fiquei preso no apartamento daquela dona cheia de predicados e adjetivos.
Dedico a todos que esqueceram seus guarda-chuvas em algum lugar cotidiano.
Dedico ao seu Araujinho do armazém de secos e molhados que sabia fazer um embrulho como ninguém.
Dedico, por fim, às obsessões.