Fora da realidade

O tempo correndo rápido e translúcido.

Não podemos vê-lo, toca-lo e nem ao menos senti-lo –

Passa apressado e não pede licença.

A sua velocidade faz com que nos percamos em meio aos sentimentos,

Redescobrindo-nos mesquinhos.

A sina do ser humano, traduz-se no ato da sobrevivência.

De querer desfrutar –

Possuir uma vida a qual não lhe pertence.

Às vezes, é tão fácil e desafiador manipular, mentir e levantar falso testemunho –

Para obter o que não é da sua alçada.

É muito massacrante tudo o que nos cerca,

Por isso, desejo apenas o que é meu –

O que foi prometido – O simples –

E ainda não sei ao certo.

Às vezes, percebo-me em um mundo tão intransigente –

Que me viola de todas as formas, negando-me o prazer de viver,

Ao mesmo tempo, protegida.

As energias, por vezes, tornam-se tormentas e vem com o poder de uma surra em meu corpo, fazendo-me dolorida –

Como também a alma, e essa é a maior de todas as agonias.

Como as pessoas podem ser tão cruéis ao ponto de não perceberem os seus atos?

Por isso, tranco-me.

Sou invisível –

Torno-me inacessível.

Tenho um mundo –

Pode ser imperfeito,

Mas é o meu.

Tomo o poder em desvenda-lo,

Com uma única arma: A escrita.

***

Blog Poesia translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 03/01/2022
Código do texto: T7421027
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.