Cicatrizes na alma
Planeta vermelho,
Morada – Jornada.
Volita o perispírito,
À procura de abrigo.
Aconchego – Apraz,
Na inconstância –
De meus dias,
Pleno castigo.
Desvio-me dos perigos,
Sobressaltos, a imensidão –
Os anseios em construção.
Por quanto tempo mais?
Qual será a missão?
As datas –
Marcas deixadas pelo corpo,
Invisíveis cicatrizes na alma.
Quem é que presta a atenção?
Em uma realidade sem vida,
Sem viço –
Em total contribuição?
Será que continuar vale a pena,
A lutar por algo sem resultado?
***
Poesia translúcida