Meta fora
Todo fim pressupõe morte,
mas nem toda morte pressupõe fim.
Não me refiro ao místico
Terreno do sobrenatural,
mas à seara da poesia.
Onde a palavra pode assumir traços do sagrado
sem deixar de ser profana.
A irônica semelhança entre a alma na visão religiosa
e o poema é a imortalidade.
Porque a morte existe para pôr fim à vida
Mas quando o poeta diz morte,
pode estar querendo dizer o imortal.