A natureza e a destruição
Inconsistente –
Nada palpável.
Um mundo reverso –
De modo transparente.
Onde a natureza agoniza,
Antagonismo de beleza.
Há quem desfrute,
Mas não reconhece a realeza.
Em alta voltagem,
Ainda há o dia e o anoitecer.
O cantar dos pássaros,
Em seus refúgios.
As matas e os mares –
Clamam por piedade.
É tanta falta de respeito,
Esgoto a céu aberto –
Poluição a olhos vistos.
Os animais indefesos,
Correndo riscos –
Pura falta de cuidado.
Ar puro –
Oxigênio –
Daqui a algum tempo,
Será luxo,
Sobrevivemos no lixo.
Atmosfera cinzenta,
Gás carbônico nós pulmões.
O que será feito –
Para as próximas gerações?
Uma parte da população –
Que não tem comoção.
Embutidas em seus casulos,
Fomentando o egoísmo.
Não pensa no futuro,
No bem estar do próximo.
A cada dia, sobre as nossas cabeças,
Um novo golpe:
Recorrente –
Arredio.
A natureza agonizando,
Com total falta de empatia.
Assistimos a sua degradação,
Em uma espécie de reality –
Observando e emitindo opiniões.
E de fato, nada fazemos,
Para cessar a sua destruição.
Sem percebermos,
Que pouco a pouco –
Não resistiremos por muito tempo.
Há um ciclo –
Uma cadeia que se conecta,
Levando também –
Ao nosso fim.
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