Engrenagens enferrujadas
De forma mística,
Atmosfera psicodélica.
Dias desatualizados,
Estado performático.
Engrenagens enferrujadas,
À mercê da catástrofe.
Afundando de vez no buraco,
O fundo do poço.
Elite nua e crua,
Requintes de sadismo –
Desenfreado – Vil.
Sem arremedo de progresso,
Velhas atitudes –
Antigos são os planos.
Enriquecer – Subterfúgios,
No povo servil:
A máscara de palhaço.
Mudou de nome a senzala,
Em opressão a favela.
Constante crise,
Sem manutenção.
Completa escuridão,
Fora dos sentidos.
Envolvidos numa guerra,
Sem pretensão –
Apenas mera intenção,
De forjar, submeter a força.
Não há mera menção,
De quando estaremos livres.
Corpos espalhados –
Em vida –
Em avançada putrefação.
Não precisa da morte,
Sobrevivência –
Jaz nessa jornada.
A fome –
Arruinando as forças.
O embate corporal,
Na luta travada pela desigualdade –
Minando as energias.
Os governantes de plantão,
Nenhum resquício de piedade.
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