Engrenagens enferrujadas

De forma mística,

Atmosfera psicodélica.

Dias desatualizados,

Estado performático.

Engrenagens enferrujadas,

À mercê da catástrofe.

Afundando de vez no buraco,

O fundo do poço.

Elite nua e crua,

Requintes de sadismo –

Desenfreado – Vil.

Sem arremedo de progresso,

Velhas atitudes –

Antigos são os planos.

Enriquecer – Subterfúgios,

No povo servil:

A máscara de palhaço.

Mudou de nome a senzala,

Em opressão a favela.

Constante crise,

Sem manutenção.

Completa escuridão,

Fora dos sentidos.

Envolvidos numa guerra,

Sem pretensão –

Apenas mera intenção,

De forjar, submeter a força.

Não há mera menção,

De quando estaremos livres.

Corpos espalhados –

Em vida –

Em avançada putrefação.

Não precisa da morte,

Sobrevivência –

Jaz nessa jornada.

A fome –

Arruinando as forças.

O embate corporal,

Na luta travada pela desigualdade –

Minando as energias.

Os governantes de plantão,

Nenhum resquício de piedade.

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Blog Poesia translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 27/12/2021
Código do texto: T7415935
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