Vil banalização
Interesses mútuo,
Desfechos próprio.
O desvendar de uma velha era,
Não causam mais o fervor,
Antigos anseios.
De uma humanidade permissiva,
Beirando ao trágico fim.
Sem alguma conexão,
Desfazendo os elos –
Estendendo paralelos.
A interação mecânica,
Arredios em supremacia.
Imperando o medo,
Infeliz desorganização.
Cada um por si,
Em seus estados lastimáveis –
Em vida – A putrefação.
Dia após dia,
Os sentimentos mesquinhos.
A total banalização,
E nenhum aconchego ou carinho.
Uma luta constante pela sobrevivência,
O Estado – As suas ferramentas – Os fuzis.
Pessoas largadas ao Deus dará,
Abordadas na favelas, entre becos e vielas,
Nenhuma infra estrutura,
Um desespero na forma mais sutil –
Tombado mais uma vítima,
Dessa vez um pai de família.
Apenas mais um número –
Vil estatística.
Governo amaldiçoado,
Promove o caos.
Super-manufaturadas as contas,
Quem é que paga essa fatura?
Um racismo desde o início forjado,
Sentido na carne, cortando a alma.
Para abastecerem cofres,
Cada vez mais abarrotados.
Residentes da periferia ou não,
Moradores de ruas em contraste com a zona sul.
Tratados e tidos como descartáveis,
Para os governantes de plantão –
Em suas condições, nada rentáveis.
Uma Pátria idolatrada,
Municiada com o seu império.
Para quem?
Um povo desumanizado,
No fim das contas –
Os escravizados.
Sem casa, saúde, educação e trabalho –
Em pleno século XXI –
“A ponta do chicote”,
Triste realidade –
Realizando os seus estragos.
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