Transitoriedade do infinito

Reviro-me do avesso,

Na transitoriedade do infinito.

Um mar revolto em perspectiva,

Às vezes, não supera a expectativa.

Sempre em frente –

Em busca do meu eu.

Sentada – Seguindo atrás,

Do que prometeu a vida.

Transcende ao fascínio,

Assola o certeiro vício.

Não me perco pelo caminho,

A consciência tranquila –

A cabeça no travesseiro,

Persuasão, o dia inteiro.

Luz translúcida – Opaco,

Imensidão do estado de espírito.

Quem foi que disse:

De que algo teria direito?

Na hombridade que me rege,

A indignação em desventura.

Tenho a certeza de que viver,

É uma delirante aventura.

Por enquanto, vivo o desespero,

Do que é natural.

A imaginação –

O sobrenatural:

No resplandecer –

Deleitoso esmero,

O ser primordial.

***

Blog Poesia translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 20/12/2021
Código do texto: T7411461
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