Transitoriedade do infinito
Reviro-me do avesso,
Na transitoriedade do infinito.
Um mar revolto em perspectiva,
Às vezes, não supera a expectativa.
Sempre em frente –
Em busca do meu eu.
Sentada – Seguindo atrás,
Do que prometeu a vida.
Transcende ao fascínio,
Assola o certeiro vício.
Não me perco pelo caminho,
A consciência tranquila –
A cabeça no travesseiro,
Persuasão, o dia inteiro.
Luz translúcida – Opaco,
Imensidão do estado de espírito.
Quem foi que disse:
De que algo teria direito?
Na hombridade que me rege,
A indignação em desventura.
Tenho a certeza de que viver,
É uma delirante aventura.
Por enquanto, vivo o desespero,
Do que é natural.
A imaginação –
O sobrenatural:
No resplandecer –
Deleitoso esmero,
O ser primordial.
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