Emoldurado de paisagens humanas
Preso em uma corrente, apenas mais um elo
Um individuo mordaz que descansava numa sonolenta paranoia
Estar agrupado em um bando que conspirava afetos em lotes
Era apenas uma turma, mais um emoldurado de paisagens humanas
Em palavras, não conseguiria descrever o gênio e a intransigência,
Como um sentimento de embriaguez passavam-se dez ciclos zodíacos.
Minhas palavras não surtiam efeitos singelos
Eram roupas ásperas e andrajos torpes que se extinguiam lentamente
Enquanto minha mente revolvia eventos de décadas passadas
Esse era o zodíaco mordaz em que me envolvera
Esse era o presente de uma estação das brumas.
Depois das horas em que o êxtase se inebriava condolente
Uma parte perseguia a catarse ambulante que não encontrava seu nicho.
Eram meandros insolentes que ridicularizavam seu próprio caminho
Serpenteavam ébrios suas órbitas oblíquas profusamente sem direção
Lutavam para se desgrudar e cansavam-se bêbados.
Entre plumas e penas faziam da sua monotonia o carnaval de sínteses
Prestidigitavam-se uns aos outros convertendo obras ao acaso,
Adormeciam os olhos numa paixão cegante.
Outrora, este era o caminho sem volta
Até o primeiro elo se romper
Até os laços se desvanecerem cansados de tanta circularidade
Pelos sinuosos disfarces foram desvanecendo proliferamente
Em meio aos semblantes aturdidos e as críticas mordazes
Diluíram-se em miríades de significados reluzentes
Foi o fim de uma era de enredos e tramas
Era a cama ideal ao qual se deitavam inertes
Revelaram o manto que cobria tudo vorazmente.